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Mortal Kombat 1 | Reprodução/Warner edição definitiva

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Mortal Kombat 1: Edição Definitiva marca o fim de uma era e prepara terreno para o futuro da franquia

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Com todos os conteúdos reunidos, skins de filmes e DLCs disponíveis, a versão definitiva de Mortal Kombat 1 encerra o ciclo do reboot com impacto,mas levanta questões sobre o que vem a seguir no universo da NetherRealm Studios

por: Vinícius Gobira | 22/05/2025 às 16:00

Poucas franquias têm o peso histórico de Mortal Kombat. Desde sua estreia em 1992, o jogo criado por Ed Boon e John Tobias conquistou uma legião de fãs com seus personagens icônicos, brutalidade gráfica e mecânicas que evoluíram ao longo de mais de 30 anos. Cada novo título traz não apenas combates intensos, mas também uma trama que, embora muitas vezes absurda, consegue ser cativante e cheia de reviravoltas.

A franquia passou por altos e baixos. Dos gráficos pixelados dos fliperamas à era 3D controversa dos anos 2000, Mortal Kombat sempre se reinventou, e a partir de MK9, iniciou uma sequência de jogos que agradou tanto veteranos quanto novos jogadores. A trilogia moderna - MK9, MKX e MK11 - reformulou a narrativa e a jogabilidade, tornando-se um novo pilar do gênero de luta.

E em 2023, chegou Mortal Kombat 1, com a promessa de um reboot narrativo completo, iniciado por Liu Kang, agora um Deus do Fogo. A proposta era ousada: recontar toda a mitologia da série, com personagens redesenhados, novas motivações e relações inéditas. Com ele, vieram mudanças no sistema de combate, novos modos e um foco inédito em acessibilidade. E agora, em 2025, chega a Edição Definitiva de Mortal Kombat 1, reunindo todo esse conteúdo em um único pacote.

Mortal Kombat 1 | Reprodução/Warner

O que é a Edição Definitiva?

A Edição Definitiva de Mortal Kombat 1, lançada pela Warner Bros. Games e desenvolvida pela NetherRealm Studios, é mais do que uma simples "versão completa". Trata-se de um pacote de encerramento: todo o conteúdo lançado até agora está incluso, DLCs, expansões, skins, personagens adicionais, com um toque cinematográfico inspirado no novo filme da franquia, Mortal Kombat II, previsto para estrear em outubro nos cinemas.

Ela já está disponível digitalmente para PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC (Steam e Epic Games Store), com preços que variam entre R$ 279,99 e R$ 330, dependendo da plataforma. Jogadores que possuem a versão padrão podem fazer upgrade com preços a partir de R$ 250.

Conteúdo incluso: um verdadeiro Kombat Pack completo

A Edição Definitiva vem recheada com tudo que o jogo ofereceu ao longo desses quase dois anos:

  • Expansão Reina o Kaos, que amplia a campanha principal com cerca de 2h30 de história adicional (apesar das críticas sobre sua narrativa);
  • Dois Pacotes de Kombate, adicionando personagens como Quan Chi, Ermac, Takeda, Omni-Man, Peacemaker, Homelander, Ghostface, Cyrax, Sektor, Noob Saibot e até o lendário Conan, o Bárbaro;
  • Skins cinematográficas, incluindo versões dos personagens baseadas no próximo longa-metragem da franquia. Johnny Cage, Kitana, Scorpion, Shao Khan e até Sub-Zero (baseado no filme de 2021) recebem visuais inéditos;
  • Skins clássicas como os trajes de Ultimate Mortal Kombat 3 e versões como Mileena Imperatriz, Scorpion no casamento, e até Johnny Cage com o visual e voz de Jean-Claude Van Damme;
  • Animalities, as finalizações bizarras e amadas da era clássica, que retornam gratuitamente para todos os jogadores;
  • Moedas do jogo e bônus estéticos que agradam tanto colecionadores quanto os que jogam de forma competitiva.

Jogabilidade acessível e divertida

MK1 manteve sua identidade brutal, mas simplificou o sistema de combate para abraçar novatos e veteranos. O sistema de Kameo Fighters, que adiciona parceiros à luta para extensões de combos ou defesa, é o diferencial mais marcante, criando possibilidades estratégicas que não existiam nas versões anteriores.

Segundo o speedrunner Alan Speed, em conversa com o SBT Games lá em 2023, MK1 é o jogo mais "acessível" da franquia até hoje. Em suas palavras:

"O MK1 é um jogo que abraça tanto pro players quanto jogadores casuais. O jogo está simplificado, tem menos mecânicas e se torna mais fácil. Em um dia um jogador consegue aprender a jogar com um personagem."

E essa acessibilidade vai além do gameplay. Segundo Wzy, do canal Blind Kombat, MK1 foi o primeiro jogo da série com recursos completos para jogadores cegos. Leitor de tela, efeitos sonoros contextuais, e até audiodescrição dos fatalities transformaram o game em um exemplo de inclusão na indústria.

Reina o Kaos: expansão sem impacto

Mortal Kombat 1 | Reprodução/Warner

Apesar do volume de conteúdo, nem tudo na Edição Definitiva brilha. A expansão Reina o Kaos, que deveria expandir a narrativa com profundidade, falha em entregar um vilão carismático, desenvolvimento coerente e um ritmo narrativo empolgante. Havik, o vilão central, é genérico e pouco ameaçador. A trama repete fórmulas e falha em trazer um clímax convincente, especialmente para quem acompanhou o padrão elevado estabelecido por MK9 e MK11.

A transformação de Sub-Zero em Noob Saibot, um momento aguardado pelos fãs, é tratada de forma superficial e decepcionante. Mesmo a adição de personagens clássicos como Cyrax e Sektor (em versões femininas) não salva a narrativa de sua falta de impacto.

Um modo de jogo que divide opiniões

O modo Invasões, voltado ao single player, é uma reformulação da antiga Krypta. Ele oferece personalização, exploração e lutas com recompensas, mas peca por ser repetitivo. Apesar da promessa de atualizações sazonais, o modo não se sustenta como uma experiência sólida para longas sessões de jogo.

Mortal Kombat 1: Um legado encerrado com respeito

A Edição Definitiva não é apenas um pacote com tudo que foi lançado. É a celebração do ciclo de Mortal Kombat 1, um jogo que redefiniu as bases da franquia com uma nova linha do tempo, abraçou a acessibilidade como nenhum outro e apresentou um gameplay refinado, com visuais impressionantes e combates empolgantes.

Mesmo com algumas derrapadas narrativas e modos que poderiam ser mais criativos, MK1 representa um grande feito técnico e cultural para os jogos de luta. Se comparado com seus contemporâneos, como Street Fighter 6 ou Tekken 8, MK1 se destaca por seu compromisso com narrativa e estilo cinematográfico.

E o futuro da franquia?

Com o lançamento da Edição Definitiva, fica claro que Mortal Kombat 1 encerrou seu ciclo de atualizações. Isso levanta a questão: qual o próximo passo da NetherRealm Studios e da Warner Bros. Games?

Existem dois caminhos evidentes e possíveis:

  1. Mortal Kombat 12, seguindo a linha do tempo criada por Liu Kang e corrigindo os tropeços narrativos de MK1 e sua expansão.

  2. Injustice 3, o aguardado novo capítulo da saga de super-heróis da DC, que está em hiato desde Injustice 2 (2017).

A verdade é que, com a expertise técnica, narrativa e de acessibilidade que a NetherRealm demonstrou em MK1, qualquer que seja o próximo projeto, a expectativa é altíssima.

Mortal Kombat 1 | Reprodução/Warner

Afinal, vale a pena?

Mortal Kombat 1: Edição Definitiva é o ponto final em uma fase ambiciosa e reformulada da franquia. Apesar de alguns tropeços em sua expansão e modos extras, o pacote oferece uma experiência robusta e recheada de conteúdo, ideal tanto para veteranos quanto para novos jogadores.

Se você ainda não tinha jogado MK1, este é o momento ideal para mergulhar de cabeça no universo brutal criado por Liu Kang (ou ao menos esperar por uma boa promoção). Se já jogou, talvez valha a pena revisitar com novos personagens, skins e mecânicas.

O próximo fatality da NetherRealm está por vir. A questão é: ele será mágico como MK9 ou corajoso como MK1?

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